Sou
bailarina de Dança do Ventre há quase 20 anos. Em um determinado momento de
minha vida, percebi que eu não tinha mais espaço para criar, ir além, buscar
uma identidade. Minha identidade na dança. Algo além da superficialidade que
vejo nas Belly Dancers da atualidade. Ao mesmo tempo, minha mãe criava, com
suas alunas, um grupo paralelo. Danças diferentes, músicas diferentes, roupas
diferentes. Ali se iniciava a incursão dela no mundo tribal. Minha mãe
simplesmente não para no tempo ou segue modinhas; ela cria. Se vai funcionar
como o esperado ou não, bom, isso não importa. Porque o Tribal é assim, uma
arte em constante experimentação. Assim, seguindo seu exemplo, resolvi tentar,
experimentar, inovar. E decidi caminhar lado a lado, eu, ela mais minha irmã,
pesquisando, estudando, entendendo. E quando percebi que ali me reencontraria
novamente e entraria em contato com um mundo totalmente avesso ao que eu
conhecia, onde podemos abraçar nossas raízes e ser livres dos padrões aos quais
a Dança do Ventre impiedosamente nos impôs, eu finalmente senti felicidade em
dançar outra vez. ATS = tribo = verdade = liberdade!
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